Agroecologia Express: acelerar a transição regenerativa no Clube de Produtores Continente

A agricultura portuguesa está a atravessar uma transformação silenciosa mas decisiva: a integração da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas como pilares de estabilidade produtiva e valor económico. Em parceria com o Clube de Produtores Continente (CPC / SONAE MC), a NBI apoia agricultores em todo o país na transição para sistemas de produção mais resilientes, eficientes e ecologicamente equilibrados, capazes de gerar rendimento ao mesmo tempo que reforçam a regulação natural do território.


Este trabalho conjunto promove práticas agroecológicas baseadas na funcionalidade ecológica, que visam restaurar a biodiversidade funcional, como polinizadores, inimigos naturais, fauna auxiliar e flora espontânea e reconstruir a infraestrutura ecológica das explorações agrícolas. A abordagem vai além da parcela produtiva: avalia a propriedade como um todo, incluindo zonas de refúgio, linhas de água, sebes, bosquetes e margens, reconhecendo o papel destas áreas na regulação climática, hidrológica e biológica.


Na sua terceira fase, o programa evolui com o lançamento do serviço “Agroecologia Express”, uma ferramenta de avaliação rápida e integrada que permite a cada produtor compreender o seu ponto de situação ecológica e identificar oportunidades de melhoria, desde a saúde ecológica da área produtiva até à conectividade da paisagem e ao valor de conservação dos habitats e dos aspetos culturais e valores tradicionais.


Com base em indicadores de biodiversidade funcional, qualidade ecológica e equilíbrio dos ecossistemas, o modelo traduz observações de campo em informação útil para decisões concretas como onde plantar, o que proteger, quando intervir e como valorizar áreas de refúgio, sebes e linhas de água. Mais do que um relatório, é uma ferramenta que ajuda cada produtor a ver o potencial natural da sua exploração como parte da gestão integral do sistema.


Com mais de 10 novos produtores a integrar o programa, a NBI e o CPC consolidam um compromisso comum: revalorizar a biodiversidade como capital natural do território agrícola, transformando cada exploração num sistema vivo, produtivo e ecologicamente coerente com o futuro.






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